
Os vereadores de Cubatão aprovaram, na última terça-feira (31), uma Comissão Especial de Inquérito para investigar os problemas gerados pelo mau atendimento no Hospital Municipal, administrado pela organização social (OS) Fundação Francisco Xavier (FSFX).
A Câmara tem prazo de 60 dias para apurar os procedimentos médicos e as condutas administrativas do hospital.
Conforme noticiou a imprensa local, o requerimento nº 64/2019 foi encaminhado pelo vereador Marcio Silva Nascimento, o Marcinho (PSB), e aprovado pelos demais vereadores. Segundo o documento, a abertura da CEI faz necessária após as frequentes reclamações de atendimento no Hospital Municipal de Cubatão, desde que a Fundação assumiu a gerência. Corrobora para afirmar a necessidade das investigações a morte de uma jovem de 34 anos por falha no atendimento médico, registrado na semana passada.
A Comissão é formada por todos os parlamentares. Na última segunda-feira (29), eles se reuniram com o superintendente do Hospital de Cubatão, Abner Moreira e a secretária de Saúde, Andrea Pinheiro. Os parlamentares fizeram uma série de questionamentos aos gestores, principalmente, em relação ao atendimento à população e os problemas no agendamento da Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde (CROSS).
Os vereadores relataram alguns casos de pacientes que morreram em virtude da falta de diagnóstico e demonstraram preocupação em relação ao número de funcionários no hospital. O vereador Marcinho (PSB) criticou o serviço terceirizado e comentou que o parlamento precisa ser comunicado sobre as mudanças que ocorrem na administração da unidade.
O presidente da Câmara solicitou que os gestores da saúde na Cidade apresentem relatórios detalhados sobre o volume de procedimentos médicos realizados no município. Uma nova reunião entre a FSFX, os vereadores e representantes da prefeitura de Cubatão será agendada para os próximos dias.
O que diz a OS
O superintendente do hospital disse que a instituição segue os protocolos internacionais instituídos por órgãos internacionais e que os casos mais graves seguem para o agendamento do CROSS porque a unidade de Cubatão não é de alta complexidade. Sobre o quadro de funcionários, as demissões ocorreram pelo alto número de ausências no trabalho. Já a Andrea Pinheiro, secretária de saúde, afirmou que está a disposição dos vereadores.