
Uma mulher morreu depois de horas esperando atendimento num hospital público do Rio de Janeiro, terceirizado para uma organização social.
O filho dela, que tentava buscar ajuda, registrou todo o drama com um telefone celular.
A história chama a atenção pelo descaso. A vítima, Irene de Jesus Bento, de 54 anos, chegou ao Hospital Estadual Getúlio Vargas, na zona norte do Rio, às 14 horas de sábado (30), pelo filho, Rangel Marques. A paciente estava passando mal e se quixava de muita falta de ar.
Depois de muito pedir, Rangel conseguiu que uma enfermeira, que fazia triagem de risco, aferisse a pressão arterial da mãe. Depois, a funcionária teria dito que o estado de dona Irene não era grave e que eles deveriam procurar a Unidade de Pronto Atendimento, a UPA, da região. Assim, por conta própria mesmo.
O filho registrou os momentos em que implorou por socorro.
Veja na reportagem do Bom Dia Brasil, ou confira abaixo a matéria da TV Brasil.

Ao chegar na UPA Penha, funcionários mediram novamente a pressão de Irene. Ela chegou a ser levada para a sala amarela, para pacientes com casos de média complexidade. Pouco depois foi para a sala vermelha, onde são levados os casos mais graves.
Aproximadamente às 22h, os médicos informaram que ela tinha sofrido duas paradas cardíacas e que deveria ser transferida de volta para o Getúlio Vargas, onde havia mais recursos. Dessa vez, de ambulância. O objetivo era interná-la no CTI. Só que ao dar entrada no Hospital ela acabou falecendo.
A UPA Penha também tem a gestão comandada por entidade privada. Lá a responsabilidade e da OS Viva Rio.
O caso está sendo investigado. A direção do hospital informou que está apurando se algum profissional agiu em desacordo com o protocolo de atendimento preconizado pela Secretaria de Saúde e pela própria unidade.
Muitos problemas com a terceirização
Foram muitos os episódios de precariedade no atendimento e irregularidades no uso do dinheiro público no hospital fluminense, gerido pela Pró-Saúde.
Veja abaixo alguns links de matérias que nós publicamos aqui no Ataque.
Falta até comida no Hospital Getúlio Vargas, gerenciado pela Pró-Saúde
OS gasta R$ 390 mil de dinheiro público em viagens
Ratos invadem em hospital terceirizado no Rio