
Mais um grupo de trabalhadores terceirizados sofre com o modo criminoso com que as organizações sociais e os governos adeptos da terceirização da saúde agem no serviço público.
Ex-funcionários da OS Pró-Saúde, que administrava o Hospital Municipal de Brás Cubas, em Mogi das Cruzes (SP), fizeram uma manifestação na tarde da última quinta-feira (11) pelo pagamento das verbas rescisórias.
Segundo o sindicato que representa a categoria, cerca de 400 colaboradores precisam receber verbas rescisórias e estão sem previsão.
Os funcionários reclamam que foram demitidos e tiveram a opção de continuar trabalhando ou não para a nova empresa (a Fundação do ABC) que assumiu a gestão do hospital, mas não receberam a rescisão do contrato.
De acordo com o Sindicato dos Enfermeiros, um advogado da Pró-Saúde foi convidado a participar de uma reunião com a Prefeitura, a OS que assumiu e o Ministério Público do Trabalho, mas não permaneceu.
Em nota, a Pró-Saúde informou que está cobrando repasse de recursos da Prefeitura de Mogi para fazer o pagamento das verbas rescisórias dos funcionários. No entanto, a Prefeitura rebate e diz que todos os repasses à empresa estavam em dia no momento do desligamento. Não há, portanto, nenhuma pendência para com a OS.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Enfermeiros do Estado de São Paulo, Rodrigo Romão, a maioria dos trabalhadores foi admitida pela FUABC.
“Outros não quiseram ficar. Porém, mesmo os que estão pela Fundação têm de receber, por direito, as verbas rescisórias que a Pró-Saúde não pagou ainda. Fizemos uma reunião sem a Pró-Saúde. Se ela não se manifestar até segunda-feira, entraremos com uma ação civil pública no Ministério do Trabalho”, destaca Romão.
A Prefeitura de Mogi das Cruzes disse que não tem qualquer pendência financeira com a Pró-Saúde e que está acompanhando todos os trâmites para que não haja prejuízo aos colaboradores.