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á foi normal um ser humano ser pro-
prietário de outro, somente por um
ser branco e outro, negro, e o único pa-
gamento ser um resto de comida para
porcos.
Estamos falando da escravidão que já
foi absolutamente normal. Nos dias de
hoje, destruímos florestas, poluímos rios
e tudo issoéconsideradonormal.
Comportamentos “normais”quecausam
sofrimento, dor, infelicidade ou atémes-
mo amorte de terceiros ou de si próprio
é o que os cientistas sociais Roberto
Crema, Jean-Ives Leloup e Pierre Weil
conceituaramcomoadoençadonormal,
ouNormose.
Oqueénormal esaudável é
aquiloquegerabem-estar e felicidade; o
contrárioédoença, épatológico.
NOSSASATITUDESEADOENÇADONORMAL: ANORMOSE
NoBrasil, estamos impregnadosdeNor-
mose.Tal comoo famosopolíticodeSão
Paulo, que
emumdadomomento fezum
equívoco paralelo entre “estuprar, mas
não matar” e “roubar, mas construir”,
como se um ato de crime justificasse e
atémesmo amenizasse outro ato crimi-
noso.
Há inúmeroscasosde vereadores,
prefeitos, secretários e empresários que
se juntampara roubarodinheiropúblico.
Eacham issonormal.
ANormoseatingeumgraucrônicoquan-
doaprópriapopulação tambémacredita
na “falsa” normalidade e não reage, e é
isso que está acontecendo nesse exato
momentoemSantos.
Paree reflitasobreoque vocêconsidera
normal. Talvez chegue a conclusão que
jápassoudahorade reagir!
